Anexo 1.1

Anexo 1.1 : Projetos de Demandas das Comunidades

O Anexo 1.1 determina o custeio e a operacionalização dos Projetos de Demandas das Comunidades Atingidas da Bacia do Paraopeba e da Represa de Três Marias, e faz parte do Programa de Reparação Socioeconômica do Acordo Judicial. Com previsão de participação das comunidades atingidas em todas as etapas de execução, as propostas visam reparar os danos sofridos nas mais diversas áreas.

São, portanto, projetos para fomentar a geração do trabalho e renda, o acesso à cultura, esporte e lazer, à qualidade de vida e à saúde, entre outros problemas vivenciados pelas pessoas atingidas. Para tanto, o Acordo determina que R$3 bilhões serão destinados para reparar os municípios e as comunidades atingidas. Deste total, R$1 bilhão é destinado para crédito e microcrédito. 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Entenda as etapas do Anexo 1.1

Fev 2021

Fevereiro/ 2021
Assinatura do acordo entre
a Vale e o poder público;

Abril 2021

Abril/ 2021
Guaicuy envia dossiê às Instituições
de Justiça contendo experiências
exitosas de microcrédito popular.

Maio de 2021

Maio/ 2021
Reuniões do Guaicuy com
os núcleos comunitários para discussão sobre a divisão
dos recursos e a implementação do Anexo 1.1.

Dezembro 2021

Dezembro/2021
Encontro das comunidades atingidas
da Bacia do Rio Paraopeba e da região do Lago de Três Marias.
Entre as pautas, estavam o Anexo 1.1 e as expectativas dos projetos.

Fev 2022

Fevereiro/2022
Comunidades das cinco regiões atingidas se reúnem
com o Ministério Público de Minas Gerais para conversar sobre
a Governança Popular do Anexo 1.1.

Abril 2022

Abril/2022
Lançamento do Caderno Popular sobre a governança do
anexo 1.1 com participação de pessoas atingidas da 5 regiões
para discutir sobre participação popular no Anexo 1.1.

Abril e Maio/2022

Abril e Maio/2022
Guaicuy realiza reuniões com as comunidades
para construção do Sistema de Participação Popular do Anexo 1.1.

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Quem é quem no anexo 1.1

DOCUMENTOS importantes:

O que é o Sistema de Participação Popular?

Entre os meses de abril e maio de 2022, o Instituto Guaicuy realizou um diálogo nas áreas assessoradas de Pompéu, Curvelo e da região da Represa de Três Marias com o objetivo de construir com as pessoas atingidas um Sistema de Participação Popular que reflita os anseios de cada território. 

Após a fase de construção coletiva nas cinco regiões atingidas, será apresentada uma proposta conjunta para aprovação das Instituições de Justiça. O Sistema de Participação tem o intuito de proporcionar o controle social e a organização popular para garantir o acompanhamento e os espaços de tomada de decisão coletiva no processo da reparação integral.

Neste sentido, as consultas devem apresentar o resultado dos diálogos e contribuições realizados com as comunidades de todas as áreas  atingidas.

As Assessorias Técnicas Independentes das cinco áreas (Guaicuy, Nacab e Aedas) propõem para o Sistema de Participação Popular uma estrutura organizada em níveis municipal, regional e interregional: 

  • Instância local – grupos de comissões com características semelhantes;
  • Instância  regional – grupos compostos por representações dos atingidos e atingidas das comunidades/municípios que estão dentro de uma mesma região;
  • Instância Inter-regional da Bacia – grupo composto pelas lideranças de todos os municípios atingidos, de todas as regiões.

Com esse sistema, é possível assegurar a organização popular, garantindo o acompanhamento das pessoas atingidas nos espaços de tomada de decisão. Dessa forma, será possível observar os danos de cada localidade, o que possibilitará sugestões de reparação sob condição de avaliação das pessoas atingidas.

PERGUNTAS FREQUENTES

Como parte do Programa de Reparação Socioeconômica, previsto no Acordo Judicial entre a Vale, o Estado de Minas Gerais e as Instituições de Justiça, o Anexo 1.1 diz respeito aos projetos voltados para necessidades e empreendimentos econômicos das localidades atingidas. Assim, tais projetos podem ser variados e as comunidades irão defini-los a partir de reuniões coletivas previstas no sistema de governança, com as assessorias técnicas independentes (Guaicuy, Nacab e Aedas). São projetos para fomentar a geração do trabalho e renda, o acesso à cultura, esporte e lazer, a qualidade de vida e saúde, entre outros problemas vivenciados, nos quais as pessoas atingidas participarão em todas as etapas.
Serão contempladas todas as comunidades reconhecidas como atingidas nos 26 municípios banhados pelo rio Paraopeba, por onde a lama de rejeitos passou: Abaeté, Betim, Biquinhas, Brumadinho, Caetanópolis, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Mateus Leme, Morada Nova de Minas, Paineiras, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Pompéu, São Gonçalo do Abaeté, São Joaquim de Bicas, São José da Varginha e Três Marias. O Comitê de Compromitentes ainda não definiu como serão divididos os recursos entre todas as comunidades da Bacia do Paraopeba e da região do Lago de Três Marias, nem sobre a implementação do Anexo. Entretanto, o Guaicuy já realizou uma série de atividades com as comunidades assessoradas para discutir o tema: em maio de 2021, foram 35 reuniões com os núcleos comunitários envolvendo 525 participações. Entre os meses de abril e maio de 2022, o Guaicuy está realizando uma série de encontros para discutir sobre o Sistema de Participação Popular, que deve ser unificado com as demais regiões atingidas. Dentre as estruturas do modelo se propõe: Eixo Participativo: com instâncias de participação em nível regional e interregional; Eixo Operacional: com escolha de entidade gestora para gestão dos recursos e fluxo de projetos definido para projetos de pequeno, médio e grande porte; Eixo de Controle Social: mecanismos de fiscalização direto das pessoas atingidas.
Está determinado que as pessoas atingidas terão participação informada em todo o processo, o que inclui a concepção, a formulação, a execução, o acompanhamento e a avaliação dos planejamentos e dos projetos que serão custeados com os recursos do Anexo 1.1. Com intuito de construir um Sistema de Participação Popular para este anexo, as cinco regiões atingidas estão passando por uma série de mobilizações nos territórios. O resultado dos encontros deve gerar um modelo de gestão e governança conjunto a ser submetido à aprovação das Instituições de Justiça. O detalhamento, monitoramento e a fiscalização dos projetos indicados no Anexo 1.1 serão realizados com a participação das comunidades das cinco regiões atingidas com o apoio das Assessorias Técnicas Independentes (ATIs).
O Anexo 1.1 é direcionado aos Projetos de Demandas das Comunidades Atingidas. Voltado para a demanda popular, as pessoas atingidas participam de todas as etapas de execução, desde planejamento até a fiscalização e validação. Já o Anexo 1.3, diz respeito aos Projetos de Reparação para a Bacia do Paraopeba. Tais projetos são voltados para reforço de serviços e políticas públicas, como saúde, educação e infraestrutura. —------- O Anexo 1.1 diz respeito aos Projetos de Demandas das Comunidades Atingidas. Nele, as pessoas atingidas participam de todas as etapas: planejamento, implementação, execução, acompanhamento, fiscalização e validação. O valor definido é de R$3 bilhões, sendo R$1 bilhão para projetos de crédito e microcrédito e R$2 bilhões para serem utilizados nas comunidades atingidas. Já o Anexo 1.2 é referente ao Programa de Transferência de Renda (PTR). Ele é o substituto do Pagamento Emergencial desde novembro de 2021. Foi definido que poderão acessar o PTR as pessoas que residem em comunidades em até 1 km do Rio Paraopeba ou do Lago de Três Marias, pessoas que moram em comunidades que sofreram com o desabastecimento de água ou que receberam obras emergenciais. Por fim, o Anexo 1.3 trata dos projetos de fortalecimento dos serviços públicos. As pessoas das comunidades atingidas, as prefeituras dos territórios e o Estado de Minas Gerais enviaram projetos, que posteriormente passaram por uma Consulta Popular de priorização. Os projetos priorizados pelo Comitê de Compromitentes estavam voltados para Políticas Públicas tais como saúde, educação e infraestrutura. O valor definido no acordo para execução dos projetos é de R$2,5 bilhões e cabe à Vale executar ou pagar os projetos definidos pelo Comitê de Compromitentes para serem implementados.