No último sábado, 19 de setembro, aconteceu a primeira Roda de Conversa da Equipe do Setorial Agrário do Instituto Guaicuy com os moradores das áreas 4 e 5. O objetivo do grupo era de entender os problemas que a população tem enfrentado desde o rompimento da Vale no que diz respeito à produção de alimentos, pesca e criação de animais.
Os profissionais da Assessoria Técnica Independente apresentaram à comunidade as estratégias de trabalho do setor agrário e ouviram os relatos de danos enfrentados pela população desde o rompimento da barragem da Vale no Complexo Minerário do Córrego do Feijão.
Um dos temas mais abordados na conversa a foi dificuldade em receber a ração, a silagem e a água dos animais que a Vale deve distribuir aos atingidos. Além disso, as pessoas que conseguem receber relatam que a quantidade não tem sido suficiente para a saúde e o bem estar dos animais.
As pessoas atingidas também falaram sobre como o rompimento afetou a renda e a qualidade de vida dos produtores rurais. Além da queda no turismo e na venda de peixes e derivados do leite (por medo de contaminação dos compradores) muitas pessoas também falaram sobre a perda da renda e do “trabalho digno”.
Os moradores também relataram casos de abortos em vacas, gado desnutrido, seca de plantações e até mesmo deformações nas asas de aves da região. A equipe do Setorial Agrário já está organizando uma visita em campo para poder verificar esses pontos e iniciar os trabalhos de análise técnica.
Saiba mais:
Clique aqui para ver avanços do processo coletivo: relatório preliminar de danos.
Leia: Relatório do Guaicuy aponta violações de direitos que perduram 20 meses após desastre da Vale.
Saiba mais sobre a petição que pede condenação parcial da Vale por parte dos danos.
Acesse para acompanhar o andamento do processo e dos trabalhos da ATI.
Relembre: principais atores e responsabilidades de cada um no processo judicial.