Guaicuy participa de debate da UFMG sobre importância da educação crítica frente à mineração

Simpósio debateu caminhos para buscar a justiça climática e ambiental

A diretora do Instituto Guaicuy e do Projeto Manuelzão, Carla Wstane, participou de um debate sobre os caminhos para a educação crítica frente à mineração, na tarde de quinta-feira (10/11). A discussão fez parte do Simpósio Internacional Educação, Mineração e Mudanças Climáticas, organizado pelo Grupo de Pesquisa Educação, Mineração e Territórios (EDUMITE), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em conjunto com outras organizações e grupos de pesquisa. 

Coube à diretora do Guaicuy a abertura e a mediação do debate. Ela lembrou que o tema dialoga muito com o trabalho do Instituto como Assessoria Técnica Independente (ATI) de pessoas atingidas pela mineração e que focar na educação popular é fundamental na busca por justiça climática e ambiental.

“A sociedade está constantemente sendo inchada de desinformações, informações parciais, informações que trazem um olhar muito intencional, apenas voltado para a mineração – que cria ruínas aos nossos pés. O trabalho desse simpósio é uma ferramenta fundamental nessa disputa de narrativas, que assola o povo cada vez mais confuso frente às informações oficiais que recebe”, afirmou Carla Wstane. 

Em seguida, Carla foi convidando as painelistas para o debate. Vanessa Macêdo, diretora executiva da Revista Brasileira de Educação Básica, apresentou a Edição Especial Educação e Desastres Minerários da revista e falou sobre a importância da divulgação de experiências didáticas de e para professores da educação básica em contextos minerários. Luciana Resende Allain, docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), abordou o tema das controvérsias sociocientíficas e formação de professores, além da desconstrução dos discursos minerários.

Daniela Campolina, co-coordenadora do EDUMITE e ativista no Movimento de Preservação da Serra do Gandarela e Movimento pelas Serras e Águas de Minas Gerais, apresentou os observatórios criados pelo EDUMITE para monitorar a situação das barragens no país. E, por fim, María Blanca Chancoso Sánchez, liderança indígena do Equador, contou um pouco da experiência de resistência à mineração em sua comunidade. 

Assista ao Simpósio, na íntegra, no canal do YouTube do EDUMITE

Confira mais informações no site do EDUMITE

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