Os depoimentos marcantes das crianças atingidas foram registrados no Encontro de Atingidas e Atingidos da Bacia do Paraopeba e Lago de Três Maria, realizado de 11 a 12 de junho, em Belo Horizonte
COM A PALAVRA, AS CRIANÇAS ATINGIDAS! Em meio aos inúmeros danos causados pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, há aqueles que afetam e causam violações aos direitos de crianças e adolescentes.
Esses danos vão desde a mudança brusca das relações familiares – como no caso de crianças que ficaram órfãs ou perderam parentes e amigos – até a falta de lazer devido a impossibilidade de utilizar a água do rio.
Durante o Encontro de Atingidas e Atingidos da Bacia do Paraopeba e Lago de Três Maria, realizado de 11 a 12 de junho, em Belo Horizonte, as crianças utilizaram do seu poder de voz como pessoas atingidas para falar do rompimento em outra perspectiva, sob o olhar de quem tem um futuro para construir.
Mais que relatar as mudanças que o rompimento causou na rotina delas, as crianças questionaram: o que será feito para reparar os prejuízos causados pela mineradora Vale? Elas se colocaram como parte integrante de um povo que luta por justiça.
“Na luta do povo, ninguém se cansa.
Na luta do povo, tem adolescentes e crianças.
Luta do verbo lutar.
Luta, adjetivo de povo”*
*Trecho de poema apresentado por Maria Eduarda, de Pompéu, no Encontro de Atingidas e Atingidos da Bacia do Paraopeba e Lago de Três Marias.
[…] [Matéria publicada pela assessoria de comunicação do Instituto Guaicuy nesta quinta-feira, 13 de o…] […]