O Instituto Guaicuy foi convidado a participar de uma sessão pública na Câmara Municipal de Curvelo e apresentar o trabalho desenvolvido como Assessoria Técnica Independente (ATI) das pessoas atingidas na cidade. Por isso, no dia 18 de julho, Filipe Fernandes, coordenador regional da área 4, compareceu à casa para falar sobre as atividades desenvolvidas nas comunidades assessoradas.
Filipe fez uma contextualização, desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (em janeiro de 2019) até a situação em que se encontram as pessoas atingidas ao longo da bacia e lago de Três Marias. O coordenador explicou que as ATIs não têm relação com a Vale, é uma atuação independente e que todas as ações realizadas são direcionadas pelos interesses das pessoas atingidas.
Entre as funções do Guaicuy, estão:
- garantir às pessoas atingidas o direito à informação;
- assessorar tecnicamente as comissões de atingidos;
- produzir diagnósticos;
- identificar e mensurar danos, visando a reparação integral;
- prestar assistência às partes autoras e pesquisas da UFMG;
- assessorar a implementação do Acordo Judicial.
Além disso, o coordenador destacou os espaços de diálogo com as comunidades, como as reuniões de núcleo e os acolhimentos. Ao longo de sua fala, reforçou a importância de conversas com os órgãos públicos municipais e exemplificou: “os acolhimentos da nossa equipe, geralmente, têm algum encaminhamento para os serviços públicos municipais. Esse é um diálogo que a gente tem tentado fazer com as prefeituras, porque estamos falando de um dos maiores desastres socioambientais do mundo, então acaba gerando uma carga nos serviços públicos”.
O Guaicuy foi eleito pelas pessoas atingidas e conta com uma equipe multidisciplinar para auxiliar as mesmas. “Essa interlocução com o poder público é uma das frentes de atuação do Instituto, por entendermos que é uma forma de defender os interesses e direitos dos assessorados. Ficamos felizes com o espaço e esperamos poder avançar nessas conversas e chamar a atenção às realidades que encontramos nas comunidades”, explica Filipe.