O Instituto Guaicuy, Assessoria Técnica Independente (ATI) das comunidades atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, marcou presença em 2021 nas rádios de Minas. Os direitos das pessoas atingidas e prejudicadas foram destaque em rádios dos municípios de Felixlândia, Morada Nova de Minas, Abaeté, Pompéu e Curvelo.
O objetivo do uso dessa importante ferramenta de comunicação é levar para as pessoas atingidas informações a respeito dos principais pontos de debate sobre o processo judicial coletivo que corre na Justiça contra a mineradora Vale e também sobre a luta das comunidades pela reparação.
De julho a dezembro, foram 15 entrevistas com os coordenadores de campo Carlos Gimenes (Área 5 Oeste); Filipe Fernandes (Área 4); Hélio Sato (Área 5 Leste); e o assessor João Martins (Área 4). Além disso, as comunidades puderam ter acesso a informações por meio dos podcasts produzidos pelo Guaicuy e divulgados na rádio Antena 10 FM, de Felixlândia.
Os podcasts, apresentados à população como programas de rádio, foram o “Águas Gerais”, o “Corvina Podcast” e o “Histórias das Águas”. De agosto a dezembro de 2021, eles chegaram nas comunidades todos os domingos, em três horários diferentes, levando temas diversos relacionados à cultura, saberes populares, lendas e dados técnicos sobre os impactos causados na vida das pessoas após o rompimento da barragem da Vale.
Rádios de Minas: Pompéu e Curvelo
Na Área 4, que abrange os municípios de Pompéu e Curvelo, as participações do coordenador de campo, Filipe Fernandes, e do assessor da coordenação, João Martins, em programas de rádios locais ajudaram a manter a população atingida informada. Entre explicar o papel da ATI no processo, convidar para atividades e divulgar atualizações, as entrevistas se tornaram um canal democrático de acesso.
Ao saber dos direitos de quem foi lesado pelo rompimento da barragem, os ouvintes puderam entender que existem diversos tipos de danos e souberam que o Guaicuy é um forte aliado na luta pela reparação integral.
Data: 10/08/2021 – Inimutaba Rádio: Tropical Entrevistado: Filipe Fernandes
Data: 27/08/2021 – Pompéu Rádio: Exclusiva FM Entrevistado: Filipe Fernandes
Data: 23/09/2021 – Pompéu Rádio: Exclusiva FM Entrevistado: assessor da coordenação de campo, João Martins
Data: 03/11/2021 – Pompéu Rádio: Terra (87,9 FM) Entrevistado: Coordenador Filipe Fernandes
Data: 04/11/2021 – Inimutaba Rádio: Tropical FM (87,5) Entrevistado: João Martins – assessor da coordenação de campo do Guaicuy na área 4 (Pompéu e Curvelo)
Data: 15/12/2021 – Pompéu Rádio: Terra (87,9 FM) Entrevistado: Filipe Fernandes
Rádios de Minas: Felixlândia, Três Marias e São Gonçalo do Abaeté
Na Área 5 Leste, que abrange os municípios de Felixlândia, Três Marias e São Gonçalo do Abaeté, as entrevistas foram transmitidas na rádio Antena 10 FM.
Data: 02/07/2021 – Felixlândia Rádio: Antena 10 FM Entrevistado: Hélio Sato
Data: 20/08/2021 – Felixlândia Rádio: Antena 10 FM Entrevistado: Hélio Sato
Data: 05/11/2021 – Felixlândia Rádio: Antena 10 FM Entrevistado: Hélio Sato
Rádios de Minas: Morada Nova de Minas, Abaeté, Biquinhas, Paineiras e Martinho Campos
Na Área 5 Oeste, que abrange os municípios de Morada Nova de Minas, Abaeté, Biquinhas, Paineiras e Martinho Campos, as entrevistas aconteceram em três rádios (Atividade Sertaneja e Liderança, de Abaeté, e Morada Nova FM, de Morada Nova de Minas), e em todas o entrevistado foi Carlos Gimenes, coordenador de campo.
Data: 25/08/2021 – Morada Nova Rádio: Morada Nova FM Entrevistado: Carlos Gimenes
Data: 02/09/2021 – Abaeté Rádio: Atividade Sertaneja FM Entrevistado: Carlos Gimenes
Data: 23/09/2021 – Abaeté Rádio: Liderança FM Entrevistado: Carlos Gimenes
Data: 29/10/2021 – Morada Nova Rádio: Morada Nova FM Entrevistado: Carlos Gimenes
Data: 04/11/2021 – Abaeté Rádio: Liderança FM Entrevistado: Carlos Gimenes
Data: 15/12/2021 – Abaeté Rádio: Liderança FM Entrevistado: Carlos Gimenes
Data: 16/12/2021 – Abaeté Rádio: Atividade Sertaneja Entrevistado: Carlos Gimenes
Data: 17/12/2021 – Morada Nova de Minas Rádio: Morada Nova FM Entrevistado: Carlos Gimenes
É um auxílio econômico destinado às pessoas atingidas pelo desastre-crime da Vale que visa possibilitar, de maneira emergencial, a sua participação nas ações de reparação, enquanto aguardam suas indenizações individuais.
O valor do auxílio será de meio salário mínimo (R$ 550,00 em valores atuais) para as pessoas adultas, um quarto (R$ 275,00 em valores atuais) por adolescente e um oitavo (R$ 137,50 em valores atuais) por criança.Para residentes em Brumadinho, na chamada “Zona Quente”, e familiares de vítimas fatais, os valores serão de um salário (R$ 1100,00 em valores atuais) por adulto, meio salário por adolescente e um quarto por criança.
Poderão participar do programa aqueles que comprovarem que até o dia 25 de janeiro de 2019 residiam em área delimitada como atingida ou era posseira, arrendatária, parceira ou meeira que residia e/ou trabalhava em imóvel na área delimitada como atingida.
Comunidades que tenham seu território em parte ou totalmente dentro do critério de 1 km de distância do rio Paraopeba, além daquelas que sofreram com desabastecimento de água, que receberam obras emergenciais ou que estejam situadas às margens do Lago de Três Marias estão dentro do território delimitado como atingido.
Não poderão participar famílias de altíssima renda, ou seja, aquelas que possuírem renda mensal superior a 10 salários mínimos.
Conforme decisão do Comitê de Compromitentes, o recurso servirá também para o pagamento dos valores devidos do Pagamento Emergencial. Aqueles que tiveram o emergencial negado pela Vale ou cortado de forma injustificada, mas que estavam dentro dos critérios, poderão solicitar o recebimento dos valores devidos, a partir de nova análise a ser realizada pela empresa gestora.
O prazo para o cadastramento ainda não está aberto.
Até a conclusão do cadastro e a confirmação de que o cadastrado está aprovado, a pessoa não deve fazer planejamentos futuros com o dinheiro que será recebido a partir do PTR. Isso é fundamental para que o seu planejamento financeiro não seja comprometido por uma renda que ainda dependerá de aprovação de cadastro.
A Vale será responsável apenas por depositar o dinheiro, conforme estabelecido no acordo. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), empresa contratada pelas Instituições de Justiça, fará a gestão e pagamento do PTR às pessoas atingidas.
A duração do PTR está estimada em 4 (quatro) anos. Como forma de evitar a interrupção abrupta dos valores recebidos pelos atingidos, o Colegiado Gestor vai definir a data de início da redução gradual dos valores.